21 de janeiro de 2011

Alface (Lactcua sativa)


A Alface (Lactcua sativa) é uma pequena planta muito usada em saladas. Esta pequena planta possui muito poucas calorias e possui muitas vitaminas, incluindo vitamina A, vitamina C, niacina, sais minerais, cálcio, fósforo, ferro e fibras.
Esta planta é originária da zona Leste do Mediterrâneo, mas foi sendo difundida por todo o mundo e hoje em dia este vegetal é consumido em todo o planeta. Esta planta apresenta várias variedades de folhas, texturas, formas e tamanhos. Os primeiros registos da utilização de alfaces com fins alimentares datam de 500 a.C.
A alface é utilizada para combater diabetes, pois possui um tipo de fibra que diminui significativamente a glucose no sangue. Esta planta também possui uma substância chamada lactucarium, que possui propriedades tranquilizantes, que relaxam o sistema nervoso. Existem alguns estudos que indicam que a alface pode prevenir as insónias e as conjuntivites.
A aplicação de folhas de alface com um pouco de azeite pode aliviar as queimaduras e o chá produzido com as folhas de alface, possui propriedades laxantes, algumas propriedades anti-alérgicas e pode ajudar no tratamento da artrite e da aterosclerose. 

Babosa (Aloe Vera)


O Aloe Vera é uma planta da família das Liliáceas, e não apresenta na sua constituição um tronco. As folhas do aloe vera, com cerca de 50 cm, são grossas e carnudas dispostas em forma de roseta e apresentam espinhos nos bordos e no avesso. O prolongamento da planta onde se localizam as flores, mede cerca de 75 cm, sendo que as flores possuem uma cor vermelha amarelada
O aloe é uma planta proveniente de África mas que têm exemplares nas regiões do Mediterrâneo e na Índia.
Os derivados antracénicos constituintes do suco das folhas produzem uma concentração de água no intestino, que leva ao aumento da sensação de saciedade e estimulam a actividade intestinal.
A ESCOP recomenda a utilização deste suco em caso de prisão de ventre. Outros serviços da utilização do aloé vera estão a ser estudados cientificamente mas ainda não foram demonstrados.
Este suco não deve ser ingerido durante a gravidez e lactação, em caso de hemorróidas ou doenças renais. O suco tomado em simultâneo com medicamentos para o coração necessita de aprovação médica e deve-se evitar que a seiva proveniente das folhas entre em contacto com a pele.
O efeito purgante do suco pode produzir espasmos gastrointestinais, e a aplicação prologada altera o equilíbrio electrolítico que pode levar a graves transtornos cardiovasculares.
O nome aloe provém da palavra árabe alloeh que significa brilhante e amargo, o brilhante refere-se ao brilho da face das folhas e o amargo ao sabor da seiva que circula nas folhas.

Abóbora (Cucurbita spp.)

A abóbora é uma espécie de planta de porte herbáceo, da família das Cucurbitáceas. Possui caules rasteiros que podem medir até 8 metros de cumprimento, de onde nascem folhas grandes, cobertas de pequenos pêlos. As flores destas plantas possuem uma cor amarelada, de onde se desenvolve um fruto, a abóbora propriamente dita, que pode pesar desde cerca de meio quilo até cerca de 50 kg.
As partes usadas desta planta na medicina são as sementes e o fruto. As pevides, que são as sementes da abóbora, contêm várias substâncias, entre elas óleo, aminoácidos e uma proteína denominada cucurbitacina, que actua na próstata, prevenindo a sua hipertrofia. A hipertrofia da próstata é uma doença que provoca um elevado aumento do volume da próstata, e a proteína cucurbitacina vai actuar sobre este órgão masculino bloqueando o seu crescimento descontrolado. Esta doença ataca preferencialmente homens de idade avançada, e pronuncia–se por uma enorme dificuldade em urinar, pois o inchaço da próstata bloqueia parcialmente a uretra, que leva a perda de força do jacto da urina e por vezes faz urinar às pingas. Num estado muito avançado da doença, pode ocorrer o completo impedimento de urinar. 
Para além disso, as pevides da abóbora possuem propriedades que ajudam a expulsar certos parasitas intestinais, tais como lombrigas e ténias.
O sumo do fruto da abóbora pode ajudar a tratar a artrite. 

Alecrim (Rosmarinus officinalis)

O alecrim é uma planta de porte arbustivo que é muito comum nas regiões mediterrâneas. Possui um aroma muito característico, e por essa razão o seu nome científico, Rosmarinus significa orvalho do mar.
Esta planta é muito ramificada e possui folhas verdes, pequenas e finas. As suas flores são azuladas ou esbranquiçadas. O alecrim floresce durante todo ano, não precisa de grandes cuidados para sobreviver e é resistente a pragas, pelo que é facilmente cultivado em jardins e parques.
Uma das mais famosas características do alecrim é provavelmente o seu aroma. Esta planta possui um aroma forte agradável. Este aroma chega até a ser utilizado em alguns perfumes. Acredita-se que o seu aroma juntamente com a cor azulada das suas flores serve para atrair insectos polinizadores.
Na medicina tradicional, o alecrim é utilizado como um medicamento contra febres e acredita-se mesmo que o alecrim consegue reanimar pessoas debilitadas. O chá de alecrim é usado para combater tosses e problemas de estômago.
Mas o alecrim tem usos menos conhecidos para a população em geral. Estudos científicos contemporâneos revelam que o alecrim pode fortalecer os músculos e ajuda a melhorar a memória, podendo ser assim utilizado em doentes de Alzheimer.
O alecrim também é utilizado na igreja. Antigamente, o alecrim era queimado juntamente com o incenso, de modo a aromatizar procissões e outras práticas religiosas.

Alfavaca (Parietária officinalis)


A alfavaca (Parietária officinalis) é uma pequena planta que possui folhas de forma oval e pequenas flores esverdeadas ou avermelhadas . Esta planta floresce principalmente entre Julho a Outubro. Uma das mais curiosas características desta planta é o facto de germinar e de se desenvolver quase em qualquer sítio, como por exemplo em fendas nas estradas e em buracos dos muros. Esta planta pertence á família Urticaceae, a mesma família onde pertence a famosa urtiga, por isso a alfavaca partilha com a urtiga algumas características morfológicas, tais como o tamanho, a forma das folhas e, até mesmo os pêlos urticantes característicos da urtiga, sendo que os pêlos da alfavaca não causam irritações na pele. 
Esta planta era usada para aliviar queimaduras, inchaços, feridas, gretas dos lábios ou da pele, fissuras anais e lesões nos mamilos.
O chá feito de folhas de alfavaca, misturado com mel é muito utilizado para combater várias doenças das vias urinárias. O consumo contínuo deste chá pode ajudar a dissolver pedras nos rins, evitando assim as intervenções cirúrgicas.
O chá de alfavaca também previne a retenção de urinas, pois o consumo de alfavaca faz aumentar a produção de urina muito diluída. Aconselha-se igualmente a pessoas com problemas digestivos, doenças no estômago e intestino, flatulência, hepatites, febre e tosse.

Alho (Allium sativum)


     O alho (Allium sativum) é uma planta que possui um bolbo subterrâneo (cabeça do alho) que é usado tanto para a medicina como para a culinária.

     Estudos indicam que o alho foi cultivado pela primeira vez em certas regiões da Ásia e, mais tarde, foi levado para todas as partes do mundo.

     Possui folhas longas e finas com nervuras paralelas e uma raiz fasciculada e sem nenhum eixo principal ou seja é uma planta monocotiledónea. O seu caule é longo e termina inferiormente num bolbo, onde se armazenam substâncias de reserva para toda a planta.

     O alho é uma planta que é cultivada em todo o mundo e muito apreciada pelo seu valor nutricional. Existem inúmeros pratos confeccionados com alho, sendo que este é utilizado principalmente como tempero. 

     Uma faceta menos conhecida do alho é as suas propriedades medicinais utilizadas desde o Antigo Egipto. Os alhos possuem químicos anti-bacterianos que melhoram o desempenho do sistema imunitário. Esta planta também possui substâncias que melhoram gradualmente a circulação sanguínea e por isso pode melhorar as condições de vida de pessoas com elevada tensão arterial, com problemas de colesterol ou com disfunção eréctil.

Beldroega (Portulaca oleracea)


Existem diversas referências quanto à origem desta planta da família das Portulacáceas, podendo ser originárias de países como a China, Japão, Índia e certas regiões da Europa e da América ocidental.
A beldroega pode ajudar a controlar os níveis de colesterol no sangue, reduz também a hipertensão e pode prevenir cãibras musculares. Esta planta possui substâncias que aliviam infecções gastrointestinais e das vias urinárias.
As suas folhas são usadas contra a cistite, cólicas renais, úlceras e queimaduras. Caso aplicadas em feridas, favorecem a cicatrização. São ainda úteis no alívio de inflamações dos olhos. O facto de termos sede pode ser acalmado, ao colocar-se folhas de beldroega debaixo da língua.
Alguns estudos clínicos, demonstram que esta planta é rica em Omega-3, substância importante na prevenção de enfartes e no fortalecimento do sistema imunológico.

Cebola (Allium cepa)

A cebola (Allium cepa) é uma planta que pertence ao mesmo género do alho (Allium sativum) e por isso possui características morfológicas muito parecidas com este. A parte utilizada para o consumo é geralmente a cabeça da cebola, ou seja, o bolbo subterrâneo.
Possui folhas compridas e finas, com nervuras paralelas. As suas raízes são fasciculadas e sem nenhum eixo principal. A cebola propriamente dita, é o bolbo subterrâneo, cuja função é armazenar substâncias de reserva. Devido a estas características, a cebola pode ser classificada como uma monocotiledónea.
Assim como o alho, a cebola é originária da Ásia mas foi sendo difundida por todo o mundo com o passar do tempo, sendo que na culinária a cebola é utilizada principalmente como tempero.
A cebola tem algumas substâncias anti-bacterianas e substâncias que melhoram a circulação sanguínea, mas também possui uma substancia anti-viral, que destrói ou incapacita os vírus, como o vírus do herpes labial.
Os químicos presentes no bolbo da cebola também podem curar aftas, infecções da boca e gengivites. Em relação às vias respiratórias, certos gases libertados pelas cebolas podem ajudar a combater sinusites e prevenir que os vírus entrem por estas vias e infectem o nosso organismo.
O chá feito com as cascas da cebola tem propriedades que actuam como digestivo, podendo assim melhorar a digestão a pessoas com problemas e estômago.
Porém as cebolas quando cortadas ou esmagadas libertam um gás volátil originário do ácido sulfénico presente na cebola que estimula as terminações das células nervosas do olho, provocando assim irritações que o organismo combate através da libertação de lágrimas.

Coentros (Coriandrum sativum)


Os coentros (Coriandrum sativum) pertencem à família Apiaceae. É uma planta de pequeno porte, geralmente de cor esverdeada. As suas pequenas e aromáticas flores possuem uma cor rosa ou branca. As suas folhas verdes são usadas em culinária como tempero e possuem um cheiro característico.
Esta planta é originária do Médio Oriente e do sul da Europa, mas devido às suas qualidades como especiaria, foi-se difundindo por todo o mundo. Os coentros fazem parte do património gastronómico português, e são especialmente apreciados no Alentejo e noutras regiões do sul de Portugal.
Os coentros começaram a ser utilizados como planta medicinal pelos egípcios, pois estes acreditavam que este vegetal tinha propriedades digestivas, calmantes e, caso usado cutaneamente, alivia as dores nas articulações e reumatismo.
A nível vitamínico, os coentros são ricos em vitamina A, B1, B2 e C.
Hoje em dia está comprovado que os coentros combatem muitos dos nossos problemas digestivos: flatulência, insuficiência pancreática, gastrite e digestão pesada. As suas sementes são eficazes a reduzir o nível de colestrol no sangue, para além de ajudar a combater infecções bacterianas e fúngicas. O óleo das sementes desta planta pode aliviar hemorróidas e pode servir também de tonificante para o sistema nervoso.
A seiva de coentros, quando consumida em doses elevadas pode causar convulsões. Se a quantidade de coentros ingerida for muito elevada, este podem exercer um efeito tóxico no sistema nervoso causando embriagues.

Erva cidreira (Melissa officinalis)

A erva cidreira (Melissa officinalis) é uma espécie de planta da família da menta e da hortelã. É uma planta de porte herbáceo, ou seja, é uma planta de tamanho relativamente pequeno. Esta planta é muito comum em zonas mediterrânicas.
Como pertence á família da hortelã, possui características morfológicas muito semelhantes a essa planta, no entanto, as suas folhas são maiores e mais claras do que as da hortelã.
Esta planta floresce apenas no final do Verão. As suas pequenas flores de cor rósea ou esbranquiçada atraem muito insectos polinizadores, especialmente as abelhas, daí o seu nome científico Melissa, que significa abelha em grego. Em certas regiões temperadas os caules destas plantas secam durante o Inverno e voltam a ficar verdes durante a primavera.
Esta planta é utilizada principalmente em infusões (chás) que adquirem propriedades calmantes.
Não existem comprovações científicas, mas acredita-se que esta planta possui propriedades que ajudam a conciliar o sono. 

Eucalipto (Eucalyptus)

O eucalipto é a designação vulgar de várias espécies vegetais do género Eucalyptus. Estas plantas são geralmente árvores, sendo que existem arbustos do género Eucalyptus nativos da Oceânia, onde são a planta mais dominante da flora do  continente.
O género Eucalyptus inclui mais de 700 espécies, sendo quase todas originárias da Austrália.
Os frutos do eucalipto são lenhosos, de forma cónica, e contém orifícios que se abrem para libertar as sementes.
A maioria dos eucaliptos tem folhagens persistentes, ou seja, durante toda a época do ano. As folhas de eucalipto são cobertas de glândulas que segregam óleo com propriedades antissépticas e desinfectantes.
Quando o óleo de eucalipto é aplicado numa camada dérmica da pele, este pode danificar a sensibilidade e aumentar a actividade cardíaca.
Através da ingestão do óleo de eucalipto sob a forma de chá pode ajudar ao tratamento do reumatismo e de infecções urinárias; através da inalação de vapores de folhas aquecidas em água, estes podem combater a asma, aliviar infecções bronquiais, tosse, constipações, rinite e sinusite, ou até aliviar a dor de cabeça e descongestionar as vias nasais; e por aplicação do óleo localmente pode tratar dores musculares e feridas.
É preciso ter atenção ao facto de que em quantidades elevadas, o eucalipto pode ser tóxico para o organismo, provocando complicações bastante graves a nível de saúde e, em crianças menores de quatro anos, o óleo de eucalipto pode provocar uma infecção a nível dos brônquios.

Figueira (Ficus carica L.)

A figueira é uma árvore pertencente a família Moraceae. Chega a atingir os 8 metros de altura. Possui ramos frágeis com folhas recortadas com 5,6 ou 7 lobos e com pequenas flores. Os figos possuem estruturas carnudas, com a coloração branco-amarela ate ao roxo e são ricos em açúcar.
Esta planta é proveniente da Ásia.
Na antiguidade as figueiras eram plantadas em todas as civilizações do mediterrâneo. A vantagem deste fruto é que o figo poderia secar e conservar-se durante muito tempo e continuava a ser comestível. Isto representava uma grande ajuda nas viagens longas. O figo é também um alimento venerado por muitas civilizações: Para os judeus é um fruto sagrado e faz parte dos sete alimentos da Terra Prometida. Para os maometanos também, pois Maomé jurou por ele no Corão. Para os budistas o figo é sagrado, pois o Buda alcançou a sua revelação religiosa debaixo de uma figueira. Na Grécia Antiga o figo era tão importante que não podia ser exportado.
O figo fresco é utilizado no combate à expectoração. Este fruto é altamente energético e, como tal, ajuda na formação de ossos e no combate à fadiga mental. Auxilia também em doenças de fígado e vesícula. As suas sementes têm um efeito laxante. Do figo, produz-se água, que é útil no normal funcionamento dos intestinos, expulsando alguns germes aí alojados. A seiva proveniente do figo é utilizada no tratamento de calos.
As folhas da figueira cozidas são utilizadas para dores de estômago.
As pessoas com problemas de acidez no estômago, obesidade e artrites não devem consumir figos.

Figueira da Índia (Opuntia ficus-indica)

A figueira-da-índia (Opuntia ficus-indica), também conhecida por tabaibeira, figo do diabo, piteira, tuna, figueira tuna ou palma, é uma espécie de cacto que pertence à família das Cactáceas. Esta figueira pode atingir os 5 metros de altura, tendo em média uma altura de 1,5 a 3 metros. É um cacto arbustivo e ramificado, com ramos achatados, de cor verde-acinzentada, que podem estar cobertos de espinhos. As suas folhas são pequenas. As flores, por sua vez, são vistosas devido à sua coloração amarela e laranja brilhantes. Os frutos provenientes da planta são amarelo-avermelhados, tendo cerca de 8 cm de comprimento e estando cobertos por alguns espinhos. Os frutos provenientes desta figueira, apesar dos espinhos, são comestíveis.
Pensa-se ser originária da América Central. Hoje em dia é comum em climas secos, temperados e tropicais, estando naturalizada na África do Sul e nas margens do mar Mediterrâneo e do mar Vermelho. Em Portugal, é cultivada em sebes e jardins no Alto Douro, Estremadura, Ribatejo, Alto Alentejo, Algarve, Açores e Madeira.
A figueira-da-índia possui um alto teor em fibras, vitamina A e ferro. As flores da figueira-da-índia possuem algumas propriedades diuréticas e anti-espasmódicas (problemas de tosse). Os frutos podem ajudar a aliviar a diarreia, sendo que um xarope preparado com os frutos desta planta serve para aliviar a tosse rebelde. A seiva dos caules carnudos da figueira-da-índia pode servir como cicatrizante, podendo ser aplicado na pele para acalmar irritações cutâneas e feridas.

Funcho (Foeniculum vulgare)

O funcho (Foeniculum vulgare) é uma planta herbácea perene com até dois metros e meio de altura (tendo normalmente menos de 80 centímetros). É uma umbelífera fortemente aromática, comestível, utilizada em culinária, em perfumaria e como aromatizante no fabrico de bebidas espirituosas. Apresenta uma cor verde--intenso. As folhas são longas e delgadas. As flores são minúsculas, de uma cor amarelada a amarelo-esverdeada. O fruto é uma semente seca, fortemente aromática, oval e achatada. A raiz é muito suculenta, armazenando uma grande quantidade de água. O cheiro e sabor característicos (em geral designados por "anis" ou "erva-doce") resultam da presença de anetol, um composto fortemente aromatizante.
O funcho é nativo da bacia do Mediterrâneo, mas é hoje cultivado, sob diversas formas em regiões temperadas e subtropicais.              
As suas raízes são consideradas como tendo propriedades diuréticas, sendo por esta razão comercializadas pelas ervanárias. O chá de semente de funcho é utilizado para reduzir os gases intestinais, incluindo para recém-nascidos, já que para estes seres tão frágeis não é aconselhado um grande número de fármacos, dando portanto uma nova alternativa aos medicamentos. Sabe-se que esta planta auxilia na cura de inflamações respiratórias, bronquites, anorexia e vómitos. Os seus frutos e óleos criam efeitos anti-espasmódicos e tranquilizantes e destroem bactérias e vírus presentes no organismo humano.
O tratamento do problema através da utilização do funcho não deve ultrapassar sob pena provocar certos efeitos secundários. Não se aconselha o uso do funcho a crianças, grávidas e mulheres em período de lactação.
Algumas alergias podem aparecer com a utilização do funcho, assim como reacções cruzadas com o aipo.

Hera (Hedera Helix)


A hera é uma planta que pertence à família das Araliáceas, é rasteira com um caule bastante ramificado e lenhoso e mede entre 3 a 5 m de comprimento, possuindo uma grande aderência a troncos das árvores porque possuí raízes adventícias. As folhas são perenes, carnudas e brilhantes e tanto podem ser verdes como amarelas esverdeadas.
A hera é a única trepadeira proveniente da Europa Central.
Por via oral a hera é utilizada para aliviar infecções hepáticas, biliares, do baço e casos de gota e reumatismo. Por via tópica aplica-se contra a celulite, úlceras, inflamações, queimaduras, estrabismo, parasitas, neuralgias e flebite.
A ESCOP recomenda o uso de folhas de hera em caso de inflamação das vias respiratórias (infecções bronquiais).
Certas substâncias presentes nas folhas da hera têm um efeito antiespasmódico e o seu extracto completo destrói vários tipos de cepas bacterianas, sendo que, em experiências levadas a cabo com animais, a formação de inflamações reduziu-se ao aplicar um extracto alcoólico de folhas de hera.
Não se devem utilizar preparados de folhas de hera durante a gravidez e lactação sem consultar um médico e, para além disso, preparados de hera juntamente com medicamentos para acalmar a tosse não são recomendáveis.
Todos os preparados de folhas de hera elaborados com a dosagem indicada não apresenta efeitos secundários, mas, noutros casos em que a dosagem não é cumprida, os preparados de folhas de hera podem provocar alergia. Em caso de tosse excessiva, pode provocar embotamento sensorial, dores de cabeça, náuseas e diarreia.
Todas as partes da hera fresca são venenosas, pelo que podem produzir-se alergias de contacto.

Hortelã pimenta (Mentha piperita)

A hortelã-pimenta (Mentha piperita) é uma pequena planta perene, de folhas verdes com um odor característico.
É originária dos países asiáticos, principalmente da Índia. Foi introduzida no Sul da Europa, vinda do norte de África. No continente africano, mais precisamente na Mauritânia, esta planta é usada para o fabrico de bebidas refrescantes que são consumidas em rituais de hospitalidade. Na antiguidade egípcia e grega, a hortelã era utilizada como estimulante do sistema nervoso. A medicina indiana indica que esta planta pode ajudar a tratar feridas bucais e náuseas, promover a digestão e aliviar infecções respiratórias. Em Portugal, a hortelã é normalmente usada para travar distúrbios estomacais e auxiliar na digestão de refeições pesadas.
O óleo desta planta, essencialmente composto por mentol, actua no sistema digestivo, diminuindo a flatulência e a ocorrência de diarreia. Como a sua actuação atinge também o intestino, a hortelã atenua os sintomas da síndrome do cólon irritável. Relativamente ainda ao sistema digestivo, esta planta elimina o mau hálito e reduz as náuseas.
O mentol já referido possui propriedades anti-sépticas, pelo que, inalações de vapores do óleo da planta, são eficazes contra constipações, bronquites e inflamações da laringe. Aplicado externamente, o óleo serve de analgésico, aliviando as dores musculares e articulares, assim como a comichão causada pelas picadas dos insectos.
O óleo de menta da planta não deve ser usado na pele de bebés sob pena de provocar irritações.

Limoeiro (Citrus limon)

Esta é uma árvore de pequena estatura que atinge até 6 metros de altura. É bastante ramificada, com folhas alternas, elípticas e com pontuações translúcidas.

É de origem asiática, mas foi trazida para a Europa pelos árabes. Em 1742, o limão começou a ser utilizado no combate ao escorbuto, devido a grande abundância de vitamina C.
Sabe-se que apresenta alguns fins medicinais, sendo que outros ainda não estão confirmados. A nível externo, trata dermatites, eczema, despigmentação, feridas infectadas, picadas de insectos e queda de cabelo. Relativamente a problemas de órgãos do sistema digestivo, pode ajudar no tratamento de gastrites, úlceras de estômago e duodeno, colites e parasitas intestinais.
Serve de fluidificante sanguíneo, coadjuvante no tratamento de mononucleoses, fortalecedor da visão, reequilibrante de disfunções metabólicas e sistema nervoso, regulador da tensão arterial. Pensa-se que previne diabetes, leucemia, cancro, enfarte e tromboses.                            
Outras suposições relativas a esta planta dizem respeito ao tratamento de infecções pulmonares, constipações, problemas cardiovasculares, varizes, febre, insuficiência hepática, diarreia, hemorróidas, hemorragias, reumatismo, descalcificações, retenção urinária, conjuntivite, sinusite. Pode ainda levar a um aumento da capacidade imunológica.
Depois de utilizado o limão, é necessário tomar precauções devido ao seu pH ácido.

Loureiro (Laurus nobilis)


O loureiro (Laurus nobilis), é uma árvore da família Lauraceae, que pode atingir cerca de 20 metros de altura. Possui folhas vistosas e com um cheiro muito característico e por isso são muito utilizadas na culinária. O seu fruto é semelhante a uma azeitona, de cor negra, tipo baga. A madeira desta árvore é de excelente qualidade.
O loureiro é uma espécie originária da zona mediterrânica.
O chá feito a partir das suas folhas pode ser utilizado em caso de problemas digestivos. O óleo das folhas de loureiro pode aliviar zonas doridas.
É necessária extrema atenção para não confundir com o loureiro-rosa, cujas folhas e bagas são muito tóxicas, podendo uma simples folha causar a morte a um adulto devido aos problemas cardíacos.

Malva (Malva sylvestris)


O tamanho desta planta perene, da família das Malváceas, oscila entre os 30 e os 120 cm. As folhas são arredondadas e os caules compridos. A floração acontece entre Junho e Outubro.
A malva é originária da Ásia e da Europa do Sul, sendo, nos dias que correm, uma planta vulgar por todo o mundo.
A malva tem diversos usos. Pode aliviar infecções de garganta e ouvidos, picadas de insectos, colite, prisão de ventre, infecções orais bronquite e gastroenterite. Pode actuar como diurético, sedativo natural, expectorante e dentífrico. Para além disso, a malva pode tonificar a circulação sanguínea e recompor a mulher após o parto (serve de anti-inflamatório e higiénico). É frequentemente usada na lavagem dos olhos.
É essencial utilizar apenas produtos provenientes de farmácias e ervanárias. Caso contrário, há o perigo de contrair doenças, já que muitas malvas são cultivadas em solos ricos em nitrogénio. O tempo entre a ingestão de uma infusão de malva e outro medicamento deve ser superior a uma hora.
Ajuda os contidos a expressar-se melhor e com menos timidez. Xenócrates, médico do imperador Tibério, disse que caso se pulverizassem os genitais masculinos com sementes de malva, o apetite sexual crescia sem limites. Tabernaemontanus escreveu: “Alivia a tosse e aclara a voz”. Setecentos anos antes de Cristo, as propriedades da malva já eram conhecidas e a planta utilizada tanto por via oral como externamente.

Morangueiro (Fragaria vesca)

O morangueiro pertence à família Rosaceae.
Esta planta apresenta rizomas, ou seja, um caule subterrâneo. Contudo, os rizomas emitem as folhas para fora do solo. As flores brancas do morangueiro aparecem na Primavera e apresentam 5 pétalas.
Esta planta é originária da Europa e América do Norte e do Sul.
O uso dos morangos como cura surgiu quando se começou a receitar a ingestão de 300 a 500 g de morangos para combater a gota, o reumatismo e as afecções hepáticas e vesicais.
A sua raiz, depois de cozida, combate a diarreia crónica e o suco produzido pelos morangos espremidos, ajuda a luta contra as pedras na bexiga. Os morangos podem ajudar também pessoas com reumatismo articular. Juntamente com o mel podem ajudar o combate a problemas renais. Também ajuda pessoas com problemas expectorais.
O morango é um fruto que absorve em grande escala os insecticidas que possuem veneno. Uma pessoa exposta ao longo de muito tempo a este veneno pode adquirir cancros ou outras patologias sem cura. Crianças pequenas não devem comer morangos, pois o seu organismo ainda está em desenvolvimento e a exposição aos insecticidas pode ter consequências graves na sua saúde. 

Pereira (Pyrus communis)

A pereira (Pyrus communis) é uma árvore de porte alto e tronco grosso natural da zona mediterrânica da Europa, pertencente à família Rosaceae. O fruto desta planta, a pêra, é muito apreciado pelo seu sabor delicioso e pelas suas propriedades nutritivas.
Contém quantidades razoáveis de vitaminas B1, B2 e Niacina que regulam o sistema nervoso e o aparelho digestivo, fortificando o músculo cardíaco. Elas são essenciais ao crescimento e evitam a queda dos cabelos e problemas de pele. Contendo ainda vitaminas A e C, a pêra é uma das frutas mais ricas em sais minerais incluindo Sódio, Potássio, Cálcio, Fósforo, Enxofre, Magnésio, Silício e Ferro. Eles contribuem na formação dos ossos, dentes e sangue, mantém o equilíbrio interno e o vigor do sistema nervoso. Como contém muitas fibras, a pêra é boa também contra a prisão de ventre, inflamação do intestino e bexiga.
O fruto da pereira ajuda ainda o tratamento da ânsia de vómito, cálculo renal, cistites, desnutrição, gota, pele cansada, reumatismo; eliminação de toxinas; regularização do ácido úrico; prevenção da pressão alta; e propriedades anti-diarreicas.

Pessegueiro (Prunus pérsica)

O pessegueiro pertence à família Rosaceae. É uma espécie arbórea de um clima temperado. Pode atingir até 8 metros de altura e possui folhas serreadas. As flores dos pessegueiros são roxas. Esta árvore tem como origem a China.

O pêssego deve ser comido ao natural, sendo um fruto importante em muitas dietas.
A sua mistura com café com leite quente ajuda no combate à tosse. As folhas de pessegueiro frescas, secas e moídas são aplicadas nas erupções cutâneas. O caroço moído e misturado com gema de ovo ajuda a estancar hemorragias. As flores em infusão, misturadas com água ou com leite têm um poder laxante e diurético. A semente do pêssego é utilizada para regular o fluxo menstrual. Refeições exclusivas de pêssego ajudam na prisão de ventre e hipertensão arterial.
As folhas e o caroço do pêssego contêm uma pequena toxicidade. O pêssego deve ser colhido maduro e consumido rapidamente. Este fruto deve ser evitado de ser consumido após uma refeição que tenha incluído uma grande mistura de pratos, sob pena de causar alguns problemas.

Pinheiro (Pinus pinea)


O pinheiro manso é uma árvore da família Pinaceae. Tem entre 12 a 25 metros de altura. Tem uma folhagem densa, constituída por finas agulhas de cor verde. Os seus frutos são conhecidos por pinhas. Têm uma cor castanha e as suas sementes são comestíveis (pinhões).
Esta árvore é originária das regiões Mediterrâneas.
Uma substância obtida da resina produzida pelo pinheiro é um produto anti-séptico e diurético. É ainda usada no tratamento de problemas de rins e bexiga. Um banho com extractos deste pinheiro, pode vir a ser útil para o reumatismo. Caso aplicada externamente, torna-se benéfico para feridas, queimaduras, entre outros problemas de pele.
As pinhas, a rama e as agulhas desta planta, quando pequenas são usadas na confecção de chá e xaropes para a tosse, constipação, e outros problemas respiratórios.