O escorpião é um artrópode da classe dos aracnídeos, ou seja, é parente das aranhas. Este animal surgiu há cerca de 400 milhões de anos, sendo que foram os primeiros animais a conquistar o ambiente terrestre. Hoje em dia existem mais de 1600 espécies de escorpiões, que estão distribuídas por todo o mundo, excepto os continentes gelados e a Nova Zelândia. Estes animais podem ser encontrados em florestas, desertos e até mesmo nas lixeiras das nossas cidades. Os escorpiões conseguem sobreviver a grandes amplitudes térmicas, da ordem dos 40oC. Estes invertebrados são carnívoros, alimentando-se principalmente de insectos e pequenos vertebrados, podendo ser canibais quando escasseia o alimento. Quando capturam uma presa, primeiro o escorpião imobiliza-a utilizando as pinças, sendo que de seguida é aplicada a ferroada venenosa através do aguilhão. O veneno deste invertebrado contém neurotoxinas e enzimas. As neurotoxinas fazem com que o sistema nervoso da presa deixe de funcionar e as enzimas começam a digerir a presa de dentro para fora. Por fim, o escorpião começa a alimentar-se da presa. Os escorpiões, como a maioria dos restantes aracnídeos, não conseguem consumir alimentos sólidos, por isso, têm de liquidificar as suas presas. Daí este invertebrado absorver toda a matéria orgânica liquidificada através das suas quelíceras, não consumindo a matéria sólida como os ossos, os pêlos e os exoesqueletos. Apesar do seu veneno, os escorpiões são presas de vários animais, como sapos, lagartos e pequenos mamíferos insectívoros.
Alguns cientistas americanos estão a testar uma certa substância que esta presente no veneno do escorpião Leiurus quinquestriatus para tratar o cancro cerebral. Esta substância, conhecida como TM601, um péptido presente nas neurotoxinas do veneno deste invertebrado que habita no Médio Oriente. Este péptido não é tóxico, e liga-se a receptores apenas encontrados em células cancerígenas. Foram realizadas experiências em laboratório em que o TM601 se ligou a receptores de células cancerígenas localizadas nos tecidos dos pulmões, da pele, do cérebro e das mamas, deixando as células normais intactas.
Sem comentários:
Enviar um comentário